terça-feira, 24 de setembro de 2013

Lola I

Amanheceu a casa orvalhada e fresca de primavera Sorrindo, Lola se lembra da chuva que só ela viu Pássaros lhe ensaiam um bom dia e Em seus cantos, evocam pequenas magias
Tudo parece novo...
Em sua janela - eterna namoradeira de lua cheia Lola pensa nas amantes de outrora... Quisera, um dia, aquela febre e se pergunta: Como fazer uma primavera sem amor?
Inventa uma flor...
Como dança o vento em suas folhas! Como subverte o tempo o beijo das amantes! Porque não adiam este dia? - pensa Lola As horas de amor não são eternas...
Já é primavera!
No corpo delas agora brotam suas flores Por entre seus dedos, presas nos cabelos Surgem drásticas como em meio a pedras Pela casa elas flutuam distraídas
Vivem o dia...
Primeiro dia de primavera que Lola anuncia Colorido de música, abençoado com chuva Molhadas de orvalho, dançam as amantes Escondidas da lua...