se houvesse tantas pessoas no mundo quanto nos dizem sempre, talvez eu não tivesse de tomar o rumo que sempre tomo. alternativa não é lá uma boa palavra. eu só quero tomar posse do que é meu, mesmo que seja o mesmo, do mesmo, do mesmo de sempre. rodo, corro dando voltas, fico tonta demais, sempre muito tonta e acabo batendo lá. e eu nem saí do meu lugar, não tem nada a ver com lugar (embora agora seja necessário ficar). acabo batendo aqui, dentro desta cabeça, fico presa, bato em todas as paredes, me machuco, saio, vou pra longe demais e depois volto. só o tempo de respirar fundo, estou eu lá de novo. e lá não é bom. digo a mim mesma: larga essa vaidade, menina! pára de querer perambular por lá, por aí... sobe, desce, anda e só retrocede. ouvi, outro dia, uma coisa assim dizendo que esperança é com o quê se constroem armadilhas, e é. olha que eu já ia pintando um quadro lindo, me pensando astuta, cheia de botões de segurança disso e daquilo, remedinho pra isso, remedinho pra aquilo, e só até aqui que eu vou, dali não passa e não sei mais o quê... armadilha, armadilha. que eu pensava não cair de novo, mas é quando estamos mais obstinados que as armadilhas se vestem com as mais belas palavras e promessas e se colocam nas mais paradisíacas paisagens e sempre inocentes e inofensivas. parece papo de igreja, mas nem é. é fato que as coisas da vida te conduzam a lugares e pessoas e situações não muito favoráveis. e tornando público que eu já conhecia todos esses lugares, pessoas e situações, por que seguir tudo isto mais uma vez? não há fato novo, surpresa, regeneração ou mega sena que mude as coisas... só o tempo que às vezes nem muda as coisas, mas dando sorte te muda. eu bem que me digo: pára de teimosia, menina! mas às vezes preciso que me lembrem, como agora.
mas deus sabe que eu gosto é de chuva, que eu gosto de vento na cara e eu gosto mais de frio. eu gosto de chuva e ficar enterrada dentro de casa com medo de trovão, vendo os fios do poste estourarem todos, fazendo faísca na janela. e eu gosto de vento que move tudo, que vai pra todos os lugares e ninguém vê. e eu gosto muito de frio, assumo: prefiro muito um dia muito frio a um dia muito quente. que se danem todos nas praias! eu quero é ficar debaixo de coberta tomando sopa!
domingo, 15 de novembro de 2009
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