sim. eu só estou falando isso porque provavelmente estou bêbada às 21;39. eu não confio mesmo nesse relógio. porque pra você agora a hora deve ser outra, e para aquela outra ainda deve ser outra e então vamos todos esquecer esse negócio de horas, por favor? o tempo, o tempo. sempre o tempo. olha, eu te amo. e é um amor assim doentio, que precisa sempre de remédios, e me revolvo toda por sua causa, e não me ofereça uma pílula agora, que eu aceito, eu juro que aceito e só preciso saber nome da dita-cuja pra me lembrar depois das drogas que tomo. e é um amor assim que me faz ser outra, me faz pensar em nomes de bebês, em nomes de ruas e nos nomes dos chás, sim. nos nomes dos chás que tomaremos todas as manhãs enquantas falamos, falamos. falamos do quê? vamos falar mau do mundo, vamos? vamos falar mau dos amores bem-sucedidos e das famílias felizes? vamos falar mau das polyannas, e das mulheres lindas dos comerciais de margarina, vamos? vamos falar que a nossa vida não presta, que está tudo uma merda e que a única coisa que a gente merece é o pior, vamos? ou não; quer dizer, vamos ficar em silêncio, simplesmente. sim, eu te amo. mas desconfio que amo mais ainda a mim, que amo mais ainda essa danação toda, que gosto mesmo é de sofrer, que graça só encontro se estiver sentindo sua falta, e que gosto muito é de um drama. mas deus queira que não. ele mesmo sabe o quanto queria agora estar perto de você, ouvindo as notas mais alitíssimas da sua voz, sentindo aquele perfume com notas de pimenta e mais o quê? que não fica igual em mais ninguém. que só fica bom quando se mistura com o cheiro do seu cabelo, que é perfeito quando a gente enfia a cara no meio dos fios, que olhando de perto ficam dourados e quando a gente consegue abrir os olhos, porque é muito difícil não se entregar àquele cheiro de colo quente, de casa da gente, de cama macia numa noite de inverno (do rio). e agora, sou refém do agora. desculpa, mas já não posso me manter conectada ao que passou, só posso me ligar ao que virá. e penso sempre em felicidade. que, com o tempo, me desmancharia em mim mesma nos teus braços e que, talvez, você gostaria de ver essa cena. eu te amo, mas dizer isso é tão simplório. você sabe, as palavras nunca conseguem expressar tudo o que se sente. a linguística é tão pequena. eu quero é a telepatia, a meditação, o encontro das almas nos sonhos. mas não sei o que você quer. felicidade está bom pra você? eu não sei, eu mesma não me contentaria só com isso. o que eu quero mesmo é um sem-tempo infinito com você, quero não ter hora pra ir embora, quero que não faça planos pra quando eu for embora, quero fazer tudo junto contigo, e quero que seja difícil, cada vez mais, porque assim continuo cada vez mais ligada a você, cada vez mais enrolada nessa trama. mas não sei o que isso tudo significa pra você. e não poderei saber, entende. a falta que você me faz é tão grande. embora ache que isso não vá dar em nada, já não posso viver sem você. e não faço idéia do que acontecerá conosco. e não posso mais me preocupar porque já me sinto cansada, quer dizer, o ar já não chega aos pulmões decentemente e estou sempre respirando mais fundo pra tenatar completar uma parte que falta dentro de mim, uma parte que talvez não deva ser preenchida com ar, mas com armor.
olha, eu te amo. faça o que quiser comigo. me aponte um caminho. me diga meu destino e pise demais em cima de mim. vai, vai me fazer feliz. vai me fazer feliz.
eu te amo, amo tanto. amo tudo em você. eu te amo, mas isso não é tudo. isso é pouco. eu mais que te amo, quero viver com você. eu não sei mais o que quero dizer, entenda, minha criatividade amorosa já se esvaiu com contra-tempos, e agora, com você, só me restam estas palavras tortas, mal ditas e feias, mas super, super sinceras.
amor, amor, amor... me dê férias, por favor! remuneradas se possível, por favor!
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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